segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Examinai as Escrituras...



Existe, hoje, uma grande variedade de religiões no mundo. As quatro principais, por ordem decrescente de seguidores, são: o Cristianismo (1,9 bilhão – 2,1 bilhões); o Islamismo (1,3 bilhão – 1,57 bilhão); o Budismo (500 milhões – 1,5 bilhão) e o Hinduísmo (950 milhões – 1 bilhão). Estima-se que os seguidores destas quatro religiões rondam os 68,38% a 90,73% da população mundial, considerando que esta se situa nos 6,8 bilhões de pessoas.

O Cristianismo, religião predominante no mundo ocidental, está dividido, por sua vez, em três ramos principais, a saber: católicos, protestantes e ortodoxos. Existem, apenas no ramo protestante, milhares de denominações religiosas diferentes, com tendência para aumentar. Embora não haja certeza quanto à exactidão dos números acima, é notório que os sistemas de crenças abundam em todo o mundo e até, por vezes, causam reacções que variam de indivíduo para indivíduo. Alguns optam pela indiferença, outros decidem por uma ou mais religiões sem se questionar o porquê da escolha e até há os que procuram apenas a conveniência.

É evidente que a religião desempenha um papel importante na vida das pessoas. O ser humano está em constante desenvolvimento, quer ao nível biológico, quer ao nível psicológico e necessita também de sê-lo espiritualmente. Neste sentido, a procura de uma religião (no verdadeiro sentido do termo) beneficia em grande medida aquele que a procura. Se existe uma religião ou uma denominação religiosa verdadeira no meio desta grande confusão de religiões e de crenças, é a indagação de milhões de pessoas ao redor do mundo e ao longo de séculos.

Sem pretender dar a melhor resposta a esta pergunta, quero deixar algumas considerações, que a meu ver, são muito importantes para aqueles que querem empreender esta busca:
        I.            A igreja não é o edifício, são os seus membros (as pessoas) porém, as pessoas não são doutrinas. Quando falamos de e/ou com pessoas estamos a falar de seres procurados por Deus para um relacionamento redentor com Ele (Lucas 19:10). Deste modo, todos nós estamos em igualdade de circunstância se considerarmos que “todos pecamos e destituídos estamos da glória de Deus (Romanos 3:23). Cada um deve considerar o outro superior a si próprio (Filipenses 2:3).
      II.            Quando falamos de doutrinas, importa fazer uma análise minuciosa. De acordo com os ensinos do Apóstolo Paulo devemos “examinar tudo e reter aquilo que é bom” (I Tessalonicenses 5:21). O próprio Jesus ensinou que devemos examinar (ponderar, analisar atentamente) as escrituras (João 5:39). As escrituras se referem à Bíblia Sagrada que nós hoje temos disponível no nosso próprio idioma.
    III.            A Bíblia Sagrada (O Antigo e o Novo Testamento) é a autoridade máxima no que tange à análise de doutrinas. Em caso de divergência entre opiniões, tradições e a Bíblia, a última terá sempre primazia. “À lei (Torah) e ao testemunho (Tehudah)! Se não falarem segundo estas palavras é porque não há luz neles”(Isaías 8:20). A lei e o testemunho representam a totalidade da Bíblia conhecida no tempo de Isaías e deve representar a totalidade da Bíblia conhecida hoje.
    IV.            As divergências surgem das diferentes interpretações. Todas as interpretações devem respeitar as regras de hermenêutica e exegese e se, mesmo assim, surgirem divergências que não se conseguem superar reavaliando os métodos e eliminando preconceitos e pré-conceitos, deve sempre ser aplicado o texto de Deuteronómio 29:29, “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei”.
      V.            É prudente não falar do desconhecido. Exaltar um ensino acima de outros ensinos do qual não se tem conhecimento é esconder a ignorância e permanecer no erro. Um estudo comparativo pode ser benéfico. Porém, a Bíblia dá-nos indicações básicas que ajudarão e eliminar o erro por blocos.

Em face a esta grande proliferação de religião e de doutrinas e muitas delas com a pretensão de serem bíblicas e verdadeiras, torna-se necessário atentarmos para os pontos acima expostos por forma a respeitarmos as pessoas, analisarmos as doutrinas minuciosamente e decidirmos a favor do ensino mais próximo da Bíblia, usando os métodos de interpretação adequados.

Não se esqueça que não é indiferente frequentar qualquer denominação religiosa. Embora a “igreja” não salve, os erros doutrinários podem levar a decisões que muitas vezes levam à perdição. Deus faz constantemente este apelo: “Conheçais e prossigais em conhecer ao Senhor…” (Oseias 6:3). “E a vida eterna é esta: que te conheçam a Ti, como o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).
                                                                                                          

                                                                                                                                           Eu_rico Correia

1 comentário:

  1. Interessantes estes cinco passos para a liberdade. Podemos ver realmente que frequentar qualquer ordem religiosa não é tão indiferente como pensamos. Está cientificamente comprovado que a espiritualidade positiva, revigora a saúde do homem em todas as suas vertentes. O fato de conhecer a verdade proporciona algo ainda mais elevado ao homem, A LIBERDADE. ``Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 08:32). Num mundo onde a dor, a injustiça, a insegurança … nos aprisionam, conhecer a Deus e ser livre é algo surreal. Vale a pena conhecer a Verdade, Ela liberta !

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