quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Como Entender a Bíblia




O Livro Sagrado foi escrito por diversos autores e em épocas e lugares distintos. Este facto condiciona, por vezes a compreensão correcta do texto sagrado. A variedade de interpretações da Bíblia que tem surgido ao longo do tempo deve-se, essencialmente, ao fraco conhecimento das regras de hermenêutica e exegese. É necessário tornar o autor um contemporâneo do leitor, aproximando este à compreensão da época em que o texto foi escrito.

Ao empreendermos a tarefa de ler e interpretar a Bíblia devemos admitir, de acordo com 2Pedro 3:15,16 que existem algumas coisas difíceis de entender a princípio, que é possível “torcer” as Escrituras, e que o apóstolo Pedro teve dificuldades para entender alguns dos escritos de Paulo. O próprio Senhor Jesus reconheceu a necessidade de explicar as Escrituras (Lucas 24:27). Por outro lado, Deus deseja que “manejemos” bem as Escrituras (II Timóteo 2:15).

Existem alguns bloqueios à compreensão espontânea da Bíblia ao nível histórico, cultural e linguístico: Historicamente, estamos largamente separados da época dos escritores bíblicos; desde Moisés até João a Bíblia cobre um período de 1500 a 1600 anos – exceptuando as profecias para o tempo do fim; com o tempo, muitos detalhes se perderam. Assim que, se compreendermos os factos históricos, melhor compreenderemos os factos teológicos. Ao nível da Cultura podemos assumir que é um dos bloqueios mais difícil de ser transposto, a nossa cultura é radicalmente diferente da dos povos bíblicos, cada um de nós vê aquilo que está condicionado a ver, o que requer que nos coloquemos numa posição neutra. No que diz respeito ao aspecto linguístico, importa referir que até nas melhores traduções há problemas. Existem expressões específicas de uma língua, de um povo e há falta de equivalência entre algumas palavras traduzidas.

A arte de interpretação da linguagem bíblica deve obedecer a alguns princípios gerais como apresento abaixo:

·        Dentro da Bíblia existem coisas secundárias por natureza. Estas contribuem para se entender o ponto central, mas não são o ponto central;
·         Os conhecimentos que temos acerca de Deus são parciais (limitados);
·         A Bíblia não contém uma revelação total de Deus, mas uma revelação parcial daquilo que é necessário para a nossa salvação.

Com tudo o que acabo de expor neste artigo, desejo que cada amante da palavra de Deus possa investigar correctamente a Bíblia, procurando aplicar os conhecimentos adquiridos à sua própria vida e que a sua experiência com Deus aumente progressivamente.

Eu_rico Correia

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