A crise económico-financeira é um fenómeno dinâmico cujo resultado final é incalculável. Aquilo que tem origem, normalmente, a nível local vai ganhando proporções elevadas, atingindo o maior número de pontos no globo terrestre. O mais preocupante de tudo isto é a facilidade com que ela assume novas formas. Aquilo que afetava inicialmente o setor bancário e imobiliário rapidamente começa a afetar a sociedade, e por consequência o indivíduo e a sua postura. Assim sendo, a crise, com as suas mutações deixa de ser meramente económico-financeira e passa a ser também política, social, mental e até espiritual.
Nesta dinâmica a maior de todas consequências é a inversão de valores. O que inicialmente era prioritário passa a ser dispensável para dar lugar ao chamado "struggle for life", sem a verdadeira preocupação pela forma ou pela causa, em que os fins justificam todos os meios.
Este artigo introdutório, visa abrir discussões acerca de assuntos que, na minha opinião, verdadeiramente interessam. Falamos de tantas coisas, de temas como o desporto, a política, a economia, o emprego, a própria crise, entre outros e todos estes assuntos são importantes, podendo interessar ou não. E porque não falarmos dos valores morais perdidos e muitas vezes rotulados de "antiquados", de estilos de vida, religião e temas afins? Não será uma evidência de inversão de valores a transformação destes assuntos em tabus? O evitar discussões sobre estes e outros assuntos edificantes não será indício de crise de valores?
A resposta a estas perguntas depende de si. Uma verdadeira reflexão com caráter retrospetivo pode ajudar a comparar as várias sociedades em que cada um de nós tivemos de pertencer, fruto das "mutações" evocadas acima e tirar as nossas próprias conclusões.
Espero que tenha gostado do artigo, que nada mais é do que uma tentativa de partilha de reflexões, ideias e ideais, enquanto houver liberdade para tal.
Eu_rico